André Ítalo Rocha

jcarro@estadao.com

 O número de ocorrências de roubo de cargas cresceu 10,4% no Brasil em 2015 ante 2014. Foram registrados 19.248 casos no ano passado, que resultaram em prejuízo de R$ 1,12 bilhão,  

segundo levantamento feito pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), obtido com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.   Trata-se do quinto ano seguido de alta. Assessor de segurança da NTC, Paulo Roberto de Souza diz que 

isso é resultado da demora dos órgãos públicos de segurança em responder ao avanço da criminalidade e da legislação defasada em relação à punição ao crime (veja, a evolução do total de ocorrências no quadro à direita).  “O que incentiva o roubo de carga é a figura do receptador, que vende o que foi 

roubado para alguém que vai recolocar o produto no mercado. A pena de receptação, se não houver crime qualificado, é de 1 a 4 anos. Mas a lei 12.413, de maio de 2011, criou o crime de menor potencial ofensivo. Nesse caso, o autor é indiciado, paga a fiança e espera ser julgado algum dia”, critica Souza, que diz que a lei foi “abrandada”.   Ele afirma que as cargas mais visadas são as de maior valor agregado, como medicamentos, equipamentos eletrônicos e autopeças. Esse tipo de roubo costuma ser praticado, segundo Souza, por organizações “fortemente armadas e estruturadas”, que buscam lucro para financiar outros crimes, como o tráfico de drogas.   Os casos mais frequentes, no entanto, envolvem cargas que abastecem pontos de consumo nos grandes centros urbanos, como de alimentos, bebidas e cigarros. “Nós não os chamamos de crime organizado, mas de crime de oportunidade, em que três ou quatro pessoas se unem para fazer o roubo”, diz.   A região com maior número de ocorrências .

é a Sudeste, com 87% dos casos registrados em 2015.

 A alta concentração se deve principalmente ao maior fluxo de cargas na região. “Há grande densidade demográfica no Sudeste, com maior quantidade de consumidores e os Estados da região são os principais produtores do País.

WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Depois de algumas idas e vindas, o uso dos faróis baixos em rodovias durante o dia voltou a ser mandatório em todo o Brasil. A obrigatoriedade havia sido suspensa no início de setembro por não prever a necessidade de sinalização para que os motoristas acendam os faróis em período diurno nas estradas. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) autorizou a volta da fiscalização sobre o uso de faróis durante o dia pelos órgãos estaduais de trânsito. A aplicação de multas, porém, só pode ser feita em estradas com a correta sinalização acerca do tema. O texto do Ministério das Cidades, no entanto, informa que a área precisa apenas estar sinalizada como uma rodovia. Com isso, não deverá haver placas explícitas informando que, naquela região, os faróis devem ser usados. Vale lembrar que a lei não se aplica às marginais dos rios Pinheiros e Tietê, na capital. Outra mudança é a especificação sobre o uso de luzes diurnas, ou DRLs, que não eram consideradas no texto original (leia mais detalhes abaixo).

O texto revisado sobre o uso de faróis durante o dia em rodovias informa que as luzes diurnas podem substituir o sistema. Esse recurso está presente principalmente em carros e também já pode ser instalado fora da linha de montagem. “Para evitar confusões, vale a pena andar sempre com o manual do carro, que indique a presença das luzes diurnas”, explica o diretor da Associação de Engenheiros Automotivos (AEA) Vilson Tolfo.

O dispositivo pode ser de LEDs ou lâmpadas convencionais, mas precisaacender automaticamente assim que o motorista der partida no motor e permanecer ligado durante todo o tempo de uso do veículo. No Brasil, o sistema é comum em automóveis importados, mas já aparece em carros mais simples.

Modelos médios como Ford Focus e Nissan Sentra trazem o item em todas as versões, assim como compactos caso do Citroën C3. Para modelos que não têm o sistema nem como opcional, já é possível instalar faróis com a peça incorporada.

A Arsenal Car vende no Brasil faróis com LEDs diurnos para os Chevrolet Celta e Prisma, Hyundai HB20 e VW Golf por preços que partem de cerca de R$ 1 mil.

Dicas para evitar o roubo de carga

Número de ocorrências não para de crescer e, no ano passado, chegou a 19.500, uma​​​​​​​ alta de 48% ante 2011

As grandes fabricantes estão nesse centro. Então, o fluxo de cargas é muito intenso durante qualquer hora do dia,”   A Polícia Militar do Estado de Sergipe listou várias dicas que ajudam o reduzir o risco de ter a carga roubada. Confira as principais no quadro abaixo.

• EVITE RISCOS

Jamais dê carona a pessoas desconhecidas nem pare em locais ermos para ajudar mulheres, crianças ou pessoas acidentadas – nesse caso, chame a polícia rodoviária;

• NÃO SEJA VALENTE

Se for abordado por ladrões, mesmo que em pequeno número, nunca reaja se o bandido estiver armado;

• DE OLHOS BEM ABERTOS

Não deixe o veículo sem vigilância, ainda que por pouco tempo, se tiver de se ausentar para tomar banho ou comer;

• SEJA DISCRETO

Não revele, nem mesmo a colegas, o tipo de carga que está levando, bem como o seu trajeto e destino final;

• DESCANSE TRANQUILO

Se tiver sono, não pare no acostamento para dormir. Procure postos de serviço;

• CHECAGEM REGULAR

Ao sair após paradas longas, verifique as partes vitais do veículo, como freios, linha de combustível e luzes – alguém pode sabotar seu caminhão para forçar uma nova parada;

• FIQUE SEMPRE ATENTO

Se notar que algum veículo o está seguindo, procure pela polícia mediatamente;

• NÃO SEJA CORUJA

Rode apenas durante o dia. Se isso não for possível, procure formar um comboio ou grupo com outros caminhões;

• NÃO FUJA DO ‘RADAR’

Crie regras de comunicação com seus familiares, patrões e amigos e entre em contato em intervalos regulares. Isso ajuda a saber onde você está.

A pena de receptação, se não houver crime qualificado, é de 1 a 4 anos.  Mas a lei 12.413, de maio de 2011, criou o crime de menor potencial ofensivo. 

Nesse caso, o autor é indiciado, paga a fiança e espera ser julgado algum dia”, critica Souza, que diz que a lei foi “abrandada”.

  Ele afirma que as cargas mais visadas são as de maior valor agregado, como medicamentos, equipamentos eletrônicos e autopeças. Esse tipo de roubo costuma ser praticado, segundo Souza, por organizações “fortemente armadas e estruturadas”, que buscam lucro para financiar outros crimes, como o tráfico de drogas. Os casos mais frequentes, no entanto, 

envolvem cargas que abastecem pontos de consumo nos grandes centros urbanos, como de alimentos, bebidas e cigarros. “Nós não os chamamos de crime organizado, mas de crime de oportunidade, em que três ou quatro pessoas se unem para fazer o roubo”, diz.   A região com maior número de ocorrências é a Sudeste, com 87% dos casos registrados em 2015.  A alta concentração se deve principalmente ao maior fluxo de cargas na região.

“Há grande densidade demográfica no Sudeste, com maior quantidade de consumidores e os Estados da região são os principais produtores do País. As grandes fabricantes estão nesse centro. Então, o fluxo de cargas é muito intenso durante qualquer hora do dia,”

  A Polícia Militar do Estado de Sergipe listou várias dicas que ajudam o reduzir o risco de ter a carga roubada. Confira as principais no quadro abaixo.

 O número de ocorrências de roubo de cargas cresceu 10,4% no Brasil em 2015 ante 2014. Foram registrados 19.248 casos no ano passado, que resultaram em prejuízo de R$ 1,12 bilhão, segundo levantamento feito pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), obtido com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.   Trata-se do quinto ano seguido de alta. Assessor de segurança da NTC, Paulo Roberto de Souza diz que isso é resultado da demora dos órgãos públicos de segurança em responder ao avanço da criminalidade e da legislação defasada em relação à punição ao crime (veja, a evolução do total de ocorrências no quadro à direita).  “O que incentiva o roubo de carga é a figura do receptador, que vende o que foi roubado para alguém que vai recolocar o produto no mercado. A pena de receptação, se não houver crime qualificado, é de 1 a 4 anos. 

 O número de ocorrências de roubo de cargas cresceu 10,4% no Brasil em 2015 ante 2014. Foram registrados 19.248 casos no ano passado, que resultaram em prejuízo de R$ 1,12 bilhão, segundo levantamento feito pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), obtido com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

  Trata-se do quinto ano seguido de alta. Assessor de segurança da NTC, Paulo Roberto de Souza diz que isso é resultado da demora dos órgãos públicos de segurança em responder ao avanço da criminalidade e da legislação defasada em relação à punição ao crime (veja, a evolução do total de ocorrências no quadro à direita).

 “O que incentiva o roubo de carga é a figura do receptador, que vende o que foi roubado para alguém que vai recolocar o produto no mercado. A pena de receptação, se não houver crime qualificado, é de 1 a 4 anos. Mas a lei 12.413, de maio de 2011, criou o crime de menor potencial ofensivo. Nesse caso, o autor é indiciado, paga a fiança e espera ser julgado algum dia”, critica Souza, que diz que a lei foi “abrandada”.

  Ele afirma que as cargas mais visadas são as de maior valor agregado, como medicamentos, equipamentos eletrônicos e autopeças. Esse tipo de roubo costuma ser praticado, segundo Souza, por organizações “fortemente armadas e estruturadas”, que buscam lucro para financiar outros crimes, como o tráfico de drogas. Os casos mais frequentes, no entanto, envolvem cargas que abastecem pontos de consumo nos grandes centros urbanos, como de alimentos, bebidas e cigarros. “Nós não os chamamos de crime organizado, mas de crime de oportunidade, em que três ou quatro pessoas se unem para fazer o roubo”, diz.   A região com maior número de ocorrências é a Sudeste, com 87% dos casos registrados em 2015.

  A alta concentração se deve principalmente ao maior fluxo de cargas na região. “Há grande densidade demográfica no Sudeste, com maior quantidade de consumidores e os Estados da região são os principais produtores do País. As grandes fabricantes estão nesse centro. Então, o fluxo de cargas é muito intenso durante qualquer hora do dia,”  

  A Polícia Militar do Estado de Sergipe listou várias dicas que ajudam o reduzir o risco de ter a carga roubada. Confira as principais no quadro abaixo.

 Quando esse ressalto alcança a superfície da banda de rodagem, é o momento de substituição do produto.   Isso porque os sulcos dos pneus funcionam como canais de escoamento de água. Quanto menor esses canais, menor a capacidade de captar água. Para entender melhor, façamos uma analogia com rios: se a “calha” é pequena e ele receber muita água, haverá transbordamento. Nos pneus, o excesso tende a ficar entre o piso e a borracha, causando aquaplanagem. Assim, mesmo que o pneu não esteja liso, já é considerado tecnicamente “careca” se os sulcos tiverem 1,6 mm de profundidade.

  É importante verificar a pressão dos pneus. Para isso, confira o valor indicado no manual do carro ou em algum ponto da carroceria (normalmente, há adesivo no batente da porta do motorista ou na tampa do tanque de combustível). Com carga (algo comum em viagens, quando há mais pessoas e bagagens), algumas fabricantes indicam pressão maior que a normal. 

​​​​​​​• DESCANSE TRANQUILO

Se tiver sono, não pare no acostamento para dormir. Procure postos de serviço;

• CHECAGEM REGULAR

Ao sair após paradas longas, verifique as partes vitais do veículo, como freios, linha de combustível e luzes – alguém pode sabotar seu caminhão para forçar uma nova parada;

• NÃO SEJA CORUJA

Rode apenas durante o dia. Se isso não for possível, procure formar um comboio ou grupo com outros caminhões;

• NÃO FUJA DO ‘RADAR’

Crie regras de comunicação com seus familiares, patrões e amigos e entre em contato em intervalos regulares. Isso ajuda a saber onde você está.

​​​​​​​• EVITE RISCOS​​​​​​​

Jamais dê carona a pessoas desconhecidas nem pare em locais ermos para ajudar mulheres, crianças ou pessoas acidentadas – nesse caso, chame a polícia rodoviária;

• NÃO SEJA VALENTE

Se for abordado por ladrões, mesmo que em pequeno número, nunca reaja se o bandido estiver armado;

• DE OLHOS BEM ABERTOS

Não deixe o veículo sem vigilância, ainda que por pouco tempo, se tiver de se ausentar para tomar banho ou comer;

• SEJA DISCRETO

Não revele, nem mesmo a colegas, o tipo de carga que está levando, bem como o seu trajeto e destino final;

• FIQUE SEMPRE ATENTO

Se notar que algum veículo o está seguindo, procure pela polícia mediatamente

VIAJE SEGURO