Marcos Rozen

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Com novo 2.0 de 238 cv, utilitário-esportivo da Volvo tem desempenho adequado e parte de R$ 369.950

Depois do XC60, cuja versão a diesel estreou em agosto, a Volvo partiu para nova ofensiva no terreno dos motores a óleo: o XC90 D5 chegou um pouco antes do Natal por R$ 369.950 na versão Momentum, e por R$ 419.950 na de topo, Inscription.


Os números do 2.0 de quatro cilindros são bons: 238 cv e 48,9 mkgf que, conforme dados da Volvo, permitem que o XC90 acelere de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos. Trata-se de um motor de nova geração, que promete a mesma eficiência de opções maiores com consumo e emissões enxutos.


Comparado ao XC60, a tese se confirma. Seu 2.4 de cinco cilindros turbodiesel é de geração anterior e gera 223 cv e 44,9 mkgf. O consumo, de 9,5 km na cidade e 12,4 km na estrada com um litro de diesel, segundo dados da Volvo, é equivalente ao do novo 2.0. Com ele, o XC90, que pesa 268 kg a mais que o “irmão”, roda, respectivamente, 10,5 e 12 km com um litro de diesel.

Na prática, o novo motor dá conta do recado, graças também ao biturbo com tecnologia batizada pela Volvo de PowerPulse, que faz turbinas “encherem” mais rápido por meio da injeção de ar comprimido. Isso evita o “turbo lag”, atraso de resposta na hora de acelerar rápido.


A cabine cumpre a função de animar os ocupantes. O conforto e o acabamento exemplares incluem mimos como suspensão pneumática que abaixa o carro para facilitar a entrada e a saída dos passageiros, e sistema de som com 19 alto-falantes. Em estilo minimalista, o console tem só sete botões. Praticamente tudo é controlado por meio da tela de 9 polegadas sensível ao toque, ainda que seu uso seja pouco intuitivo.


Na versão de topo há Head Up Display, que exibe dados do quadro de instrumentos no para-brisa. Esse painel é virtual, com tela de 12”, mas as opções de personalização são restritas.


Há ainda a segunda geração do sistema de condução semiautônomo, que permite ao carro rodar sem intervenção do motorista. Com agora o dispositivo atua a até 130 km/h, pode ser usado na estrada – o antigo, limitado a 50 km/h, era mais indicado para uso urbano.

Quadro de instrumentos é virtual, com dados projetados em tela de 12” de alta definição