Quem gosta de observar a paisagem urbana já deve ter percebido que, em São Paulo, por exemplo, as ruas são dominadas por carros nas cores branca, preta e prata. Nos próximos anos, porém, o cenário terá predominância de veículos vermelhos. É nisso que apostam Alex Amorim e Mateus Aquino, executivos de empresas que 

ajudam a identificar quais serão os tons mais populares para a indústria automotiva e o perfil dos clientes quando o assunto é cor.  

  Diretor do laboratório automotivo da fabricante de tintas e vernizes PPG, Amorim diz que o vermelho é uma das cinco cores clássicas de carros do Brasil – juntamente com preto, prata, branco e cinza. 

   Para Aquino, presidente da empresa de revestimentos líquidos Axalta Brasil, são as clássicas que vão continuar dominando o mercado. “A hegemonia não mudou nem mudará num futuro próximo, pois esses tons já predominam no País há mais de dez anos.”      Entre as razões está o fato de o brasileiro encarar o veículo 

como investimento. No mercado de usados, há a crença de que é mais fácil revender veículos de tons tradicionais.

Segundo os especialistas, a alternância entre as cores clássicas é comum, e sempre começa pelo mercado de luxo. “Esse setor tem chances de adotar tons mais ousados, enquanto o de carros populares mantém as conservadoras”, diz Aquino. Para ele, a ousadia dos luxuosos pode se refletir nos modelos de marcas generalistas. “Há dez anos, ninguém compraria um carro branco. Foi só a BMW usar o branco perolizado, que, em 2016, 37% dos veículos novos tinham esse tom.”

Lucas Massao lucas.muraoka@estadao.com

RAFAEL ARBEX/ESTADÃO

Depois de algumas idas e vindas, o uso dos faróis baixos em rodovias durante o dia voltou a ser mandatório em todo o Brasil. A obrigatoriedade havia sido suspensa no início de setembro por não prever a necessidade de sinalização para que os motoristas acendam os faróis em período diurno nas estradas. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) autorizou a volta da fiscalização sobre o uso de faróis durante o dia pelos órgãos estaduais de trânsito. A aplicação de multas, porém, só pode ser feita em estradas com a correta sinalização acerca do tema. O texto do Ministério das Cidades, no entanto, informa que a área precisa apenas estar sinalizada como uma rodovia. Com isso, não deverá haver placas explícitas informando que, naquela região, os faróis devem ser usados. Vale lembrar que a lei não se aplica às marginais dos rios Pinheiros e Tietê, na capital. Outra mudança é a especificação sobre o uso de luzes diurnas, ou DRLs, que não eram consideradas no texto original (leia mais detalhes abaixo).

O texto revisado sobre o uso de faróis durante o dia em rodovias informa que as luzes diurnas podem substituir o sistema. Esse recurso está presente principalmente em carros e também já pode ser instalado fora da linha de montagem. “Para evitar confusões, vale a pena andar sempre com o manual do carro, que indique a presença das luzes diurnas”, explica o diretor da Associação de Engenheiros Automotivos (AEA) Vilson Tolfo.

O dispositivo pode ser de LEDs ou lâmpadas convencionais, mas precisaacender automaticamente assim que o motorista der partida no motor e permanecer ligado durante todo o tempo de uso do veículo. No Brasil, o sistema é comum em automóveis importados, mas já aparece em carros mais simples.

Modelos médios como Ford Focus e Nissan Sentra trazem o item em todas as versões, assim como compactos caso do Citroën C3. Para modelos que não têm o sistema nem como opcional, já é possível instalar faróis com a peça incorporada.

A Arsenal Car vende no Brasil faróis com LEDs diurnos para os Chevrolet Celta e Prisma, Hyundai HB20 e VW Golf por preços que partem de cerca de R$ 1 mil.

Carro do futuro será vermelho

Empresas de tintas automotivas apostam no escarlate como a maior tendência no País nos próximos anos

  A decisão final das montadoras, contudo, “é sempre pensada para combinar com o estilo do carro”, diz Amorim.


ESTUDO DE CAMPO

Para identificar quais serão as tendências de cores na indústria automobilística, a PPG conta com uma equipe especializada. O estudo para entender os gostos do consumidor inclui visitas a salões automotivos no mundo todo.

  Nesses eventos, o time de profissionais identifica quais cores aparecem com maior frequência. Diferentemente do que ocorre no Brasil, os tons expostos em salões de outros países (principalmente na Europa) são baseados nas preferências do público consumidor.

  Por aqui, dificilmente as cores chamativas de veículos expostos em mostras como o Salão de São Paulo, cuja última edição foi em novembro, serão vistas nas ruas.

brasileiro encarar o veículo como investimento. No mercado de usados, há a crença de que é mais fácil revender veículos de tons tradicionais.   Segundo os especialistas, a alternância entre as cores clássicas é comum, e sempre começa pelo mercado de luxo. “Esse setor tem chances de adotar tons mais ousados, enquanto o de carros populares mantém as conservadoras”, diz Aquino. Para ele, a ousadia dos luxuosos pode se refletir nos modelos de marcas generalistas. “Há dez anos, ninguém compraria um carro branco. Foi só a BMW usar o branco perolizado, que, em 2016, 37% dos veículos novos tinham esse tom.”          Agora, a branca é a cor de carro mais comum no Brasil. Atrás dela vêm a prata (29%), a preta (12%), a cinza (10%) e a vermelha (8%).      Por isso, os especialistas acreditam que vermelha é a próxima “onda” da indústria de carros no Brasil. “Como o nosso consumidor é tradicional, ele demora para mudar. E, quando muda, escolhe outra cor "clássica",

afirma Amorim.

  Tons como amarelo e azul, muito comuns na Europa, por exemplo, não deverão ter vez por aqui no curto prazo, de acordo com os especialistas. Essas cores, que fogem muito do tradicional, devem continuar restritas a veículos de nicho, principalmente esportivos.

  A decisão final das montadoras, contudo, “é sempre pensada para combinar com o estilo do carro”, diz Amorim.


ESTUDO DE CAMPO

Para identificar quais serão as tendências de cores na indústria automobilística, a PPG conta com uma equipe especializada. O estudo para entender os gostos do consumidor inclui visitas a salões automotivos no mundo todo.

  Nesses eventos, o time de profissionais identifica quais cores aparecem com maior frequência. Diferentemente do que ocorre no Brasil, os tons expostos em salões de outros países (principalmente na Europa) são baseados nas preferências do público consumidor.

  Por aqui, dificilmente as cores chamativas de veículos expostos em mostras como o Salão de São Paulo, cuja última edição foi em novembro, serão vistas nas ruas.

Quem gosta de observar a paisagem urbana já deve ter percebido que, em São Paulo, por exemplo, as ruas são dominadas por carros nas cores branca, preta e prata. Nos próximos anos, porém, o cenário terá predominância de veículos vermelhos. É nisso que apostam Alex Amorim e Mateus Aquino, executivos de empresas que ajudam a identificar quais serão os tons mais populares para a indústria automotiva e o perfil dos clientes quando o assunto é cor.

 Diretor do laboratório automotivo da fabricante de tintas e vernizes PPG, Amorim diz que o vermelho é uma das cinco cores clássicas de carros do Brasil – juntamente com preto, prata, branco e cinza.

   Para Aquino, presidente da empresa de revestimentos líquidos Axalta Brasil, são as clássicas que vão continuar dominando o mercado. “A hegemonia não mudou nem mudará num futuro próximo, pois esses tons já predominam no País há mais de dez anos.”  Entre as razões está o fato de o 

  Quem gosta de observar a paisagem urbana já deve ter percebido que, em São Paulo, por exemplo, as ruas são dominadas por carros nas cores branca, preta e prata. Nos próximos anos, porém, o cenário terá predominância de veículos vermelhos. É nisso que apostam Alex Amorim e Mateus Aquino, executivos de empresas que ajudam a identificar quais serão os tons mais populares para a indústria automotiva e o perfil dos clientes quando o assunto é cor.

 Diretor do laboratório automotivo da fabricante de tintas e vernizes PPG, Amorim diz que o vermelho é uma das cinco cores clássicas de carros do Brasil – juntamente com preto, prata, branco e cinza.

   Para Aquino, presidente da empresa de revestimentos líquidos Axalta Brasil, são as clássicas que vão continuar dominando o mercado. “A hegemonia não mudou nem mudará num futuro próximo, pois esses tons já predominam no País há mais de dez anos.”              Entre as razões está o fato de o brasileiro encarar o veículo como investimento. No mercado de usados, há a crença de que é mais fácil revender veículos de tons tradicionais.              Segundo os especialistas, a alternância entre as cores clássicas é comum, e sempre começa pelo mercado de luxo. “Esse setor tem chances de adotar tons mais ousados, enquanto o de carros populares mantém as conservadoras”, diz Aquino. Para ele, a ousadia dos luxuosos pode se refletir nos modelos de marcas generalistas. “Há dez anos, ninguém compraria um carro branco. Foi só a BMW usar o branco perolizado, que, em 2016, 37% dos veículos novos tinham esse tom.”    Agora, a branca é a cor de carro mais comum no Brasil. Atrás dela vêm a prata (29%), a preta (12%), a cinza (10%) e a vermelha (8%).

  Por isso, os especialistas acreditam que vermelha é a próxima “onda” da indústria de carros no Brasil. “Como o nosso consumidor é tradicional, ele demora para mudar. E, quando muda, escolhe outra cor clássica”, afirma Amorim.

  Tons como amarelo e azul, muito comuns na Europa, por exemplo, não deverão ter vez por aqui no curto prazo, de acordo com os especialistas. Essas cores, que fogem muito do tradicional, devem continuar restritas a veículos de nicho, principalmente esportivos.

   A decisão final das montadoras, contudo, “é sempre pensada para combinar com o estilo do carro”, diz Amorim.

 Quando esse ressalto alcança a superfície da banda de rodagem, é o momento de substituição do produto.   Isso porque os sulcos dos pneus funcionam como canais de escoamento de água. Quanto menor esses canais, menor a capacidade de captar água. Para entender melhor, façamos uma analogia com rios: se a “calha” é pequena e ele receber muita água, haverá transbordamento. Nos pneus, o excesso tende a ficar entre o piso e a borracha, causando aquaplanagem. Assim, mesmo que o pneu não esteja liso, já é considerado tecnicamente “careca” se os sulcos tiverem 1,6 mm de profundidade.

  É importante verificar a pressão dos pneus. Para isso, confira o valor indicado no manual do carro ou em algum ponto da carroceria (normalmente, há adesivo no batente da porta do motorista ou na tampa do tanque de combustível). Com carga (algo comum em viagens, quando há mais pessoas e bagagens), algumas fabricantes indicam pressão maior que a normal. 

  Agora, a branca é a cor de carro mais comum no Brasil. Atrás dela vêm a prata (29%), a preta (12%), a cinza (10%) e a vermelha (8%).

Por isso, os especialistas acreditam que vermelha é a próxima “onda” da indústria de carros no Brasil. “Como o nosso consumidor é tradicional, ele demora para mudar. E, quando muda, escolhe outra cor clássica”, afirma Amorim.

  Tons como amarelo e azul, muito comuns na Europa, por exemplo, não deverão ter vez por aqui no curto prazo, de acordo com os especialistas. Essas cores, que fogem muito do tradicional, devem continuar restritas a veículos de nicho, principalmente esportivos.

PPG tem divisão de estudos voltada para o mercado de carros

ESTUDO DE CAMPO

Para identificar quais serão as tendências de cores na indústria automobilística, a PPG conta com uma equipe especializada. O estudo para entender os gostos do consumidor inclui visitas a salões automotivos no mundo todo.

  Nesses eventos, o time de profissionais identifica quais cores aparecem com maior frequência. Diferentemente do que ocorre no Brasil, os tons expostos em salões de outros países (principalmente na Europa) são baseados nas preferências do público consumidor.

  Por aqui, dificilmente as cores chamativas de veículos expostos em mostras como o Salão de São Paulo, cuja última edição foi em novembro, serão vistas nas ruas.