Diego Ortiz
diego.ortiz@estadao.com
Por muitos anos, ninguém sabia qual seria o grande rival do Ford EcoSport. O Renault Duster chegou, mas não conseguiu desbancar o utilitário pioneiro até que, no ano passado, vieram o Honda HR-V e o Jeep Renegade. Os dois passaram a ser protagonistas da categoria e são desafiados aqui pelo Kicks.
Nissan que parece ter sido feito sob medida para agradar o brasileiro, o Kicks já chega mandando bem nos R$ 89.990 da versão SL, ante os R$ 97.990 do Jeep Renegade Limited Edition e os R$ 101.400 do Honda HR-V EXL. Também com muita tecnologia embarcada, o Nissan estreia vencendo o comparativo e mostrando que merece atenção.
O segmento não é caracterizado por modelos com alto desempenho – pelo menos, não entre os líderes do ranking.Prova disso é que, dos três, o que acelera mais é o HR-V, com seu motor 1.8 flexível de até 140 cv com gasolina, que não empolga.
O Renegade vem atrás. Também traz um 1.8 flexível, só que com 139 cv (com etanol). O 1.6 do Kicks gera até 114 cv, também com o combustível vegetal.
Trata-se do mesmo quatrocilindros do hatch March, com o qual compartilha a base.
O câmbio CVT do Honda é mais esperto nas trocas que o do Nissan, mas ambos perdem para o ótimo automático de seis marchas do Jeep, que faz milagre com o 1.8 de pouco torque – para o peso do carro.
As suspensões dos três compensam a falta de pujança por proporcionarem ótimas respostas em estabilidade e absorção de impactos. Kicks e Renegade estão um pouco acima do HR-V nesse quesito.
Por muitos anos, ninguém sabia qual seria o grande rival do Ford EcoSport. O Renault Duster chegou, mas não conseguiu desbancar o utilitário pioneiro até que, no ano passado, vieram o Honda HR-V e o Jeep Renegade. Os dois passaram a ser protagonistas da categoria e são desafiados aqui pelo Kicks.
Nissan que parece ter sido feito sob medida para agradar o brasileiro, o Kicks já chega mandando bem nos R$ 89.990 da versão SL, ante os R$ 97.990 do Jeep Renegade Limited Edition e os R$ 101.400
do Honda HR-V EXL.
Também com muita tecnologia embarcada, o Nissan estreia vencendo o comparativo e mostrando que merece atenção.
O segmento não é caracterizado por modelos com alto desempenho – pelo menos, não entre os líderes do ranking. Prova disso é que, dos três, o que acelera mais é o HR-V, com seu motor 1.8 flexível de até 140 cv com gasolina, que não empolga.
O Renegade vem atrás. Também traz um 1.8 flexível, só que com 139 cv (com etanol). O 1.6 do Kicks gera até 114 cv, também com o combustível vegetal.
Trata-se do mesmo quatrocilindros do hatch March, com o qual compartilha a base.
O câmbio CVT do Honda é mais esperto nas trocas que o do Nissan, mas ambos perdem para o ótimo automático de seis marchas do Jeep, que faz milagre com o 1.8 de pouco torque – para o peso do carro.
As suspensões dos três compensam a falta de pujança por proporcionarem ótimas respostas em estabilidade e absorção de impactos. Kicks e Renegade estão um pouco acima do HR-V nesse quesito.
Ampla lista de itens
e bom acabamento
O Nissan Kicks tem a vantagem de ser um projeto mais novo e se aproveita disso no interior moderno, com acabamento de primeira, que chama muita atenção. É o melhor dos três, combinando duas cores, couro e plásticos cheios de texturas. O Renegade se destaca com algumas bossas que remetam à marca Jeep, deixando a sobriedade do HR-V para trás – embora a qualidade seja comum aos dois modelos. Mas é na lista de equipamentos que o Nissan mostra de fato a que veio. Além dos itens que contribuem com a estabilidade, o novato tem painel digital personalizável e uma câmera de 360 graus que auxilia no estacionamento. Há ainda faróis diurnos de LEDs. O ar-condicionado digital (de duas zonas no Renegade) e os múltiplos air bags (há um a mais no Jeep, para os joelho do motorista) também estão nos rivais – o HR-V é inferior aos demais em itens de série. Quanto ao espaço interno, os três utilitáriosesportivos se equivalem, com uma mínima vantagem para o Renegade na área para a cabeça, por causa do formato mais quadrado da carroceria. Mas isso se dilui no tamanho do porta-malas, muito inferior no Jeep, com 273 litros, em relação aos 432 l do Kicks e aos 437 l do HR-V. Há equivalência também na posição de dirigir e na ergonomia. O Nissan, sobressai no desenho dos bancos, que contribui para reduzir o cansaço em viagens muito longas. Na manutenção, o HR-V vai mal. Seu pacote de peças cotado pela reportagem é R$ 1 mil mais caro que os dos rivais.
O Nissan Kicks tem a vantagem de ser um projeto mais novo e se aproveita disso no interior moderno, com acabamento de primeira, que chama muita atenção. É o melhor dos três, combinando duas cores, couro e plásticos cheios de texturas.
O Renegade se destaca com algumas bossas que remetam à marca Jeep, deixando a sobriedade do HR-V para trás – embora a qualidade seja comum aos dois modelos.
Mas é na lista de equipamentos que o Nissan mostra de fato a que veio. Além dos itens que contribuem com a estabilidade, o novato tem painel digital personalizável e uma câmera de 360 graus que auxilia no estacionamento. Há ainda faróis diurnos de LEDs.
O ar-condicionado digital (de duas zonas no Renegade) e os múltiplos air bags (há um a mais no Jeep, para os joelho do motorista) também estão nos rivais – o HR-V é inferior aos demais em itens de série.
Quanto ao espaço interno, os
os três utilitários esportivos se equivalem, com uma mínima vantagem para o Renegade na área para a cabeça, por causa do formato mais quadrado da carroceria. Mas isso se dilui no tamanho do porta-malas, muito inferior no Jeep, com 273 litros, em relação aos 432 l do Kicks e aos 437 l do HR-V. Há equivalência também na posição de dirigir e na ergonomia. O Nissan, sobressai no desenho dos bancos, que contribui para reduzir o cansaço em viagens muito longas.
Na manutenção, o HR-V vai mal. Seu pacote de peças cotado pela reportagem é R$ 1 mil mais caro que os dos rivais.
Renegade e HR-V são sucessos inegáveis de vendas. Mas, agora, eles têm de dividir os holofotes com o Kicks. Como é interessante o modelo da Nissan!
Ele é composto por um conjunto praticamente imbatível pelo preço que cobra. Só não merecia mesmo esse motor, que sobra no March com câmbio manual, mas fica devendo no Kicks CVT.
Não sou fã dos câmbios continuamente variáveis, que considero uma forma certeira de deixar um carro confortável e chato. Mas as japonesas estão indo por esse caminho e o consumidor parece não se importar. Se pudesse criar meu carro perfeito para o segmento, eu sugeriria um Kicks com o motor do HR-V e o câmbio do Renegade.
Recém-revelado (no Salão do Automóvel), ficará abaixo do HR-V. Chega no início de 2017 e deverá ter o mesmo motor 1.5 flexível de até 116 cv do Fit.
Inédito no País e feito no Paraná, está em pré-venda. Uma série limitada a 400 carros com motor 2.0 flexível e câmbio automático estreará em março por cerca de R$ 89 mil.
Virá em janeiro com motores 1.6 de até 130 cv e 2.0 de até 160 cv, câmbios manual e automático de 6 marchas. Baseado no sedã Elantra, tem 4,27 m de comprimento.
OS LANÇAMENTOS QUE VEM POR AÍ
Renegade e HR-V são sucessos inegáveis de vendas. Mas, agora, eles têm de dividir os holofotes com o Kicks. Como é interessante o modelo da Nissan! O Renegade vem atrás. Também traz um 1.8 flexível, só que com 139 cv (com etanol). O 1.6 do Kicks gera até 114 cv, também com o combustível vegetal.
Ele é composto por um conjunto praticamente imbatível pelo preço que cobra. Só não merecia mesmo esse motor, que sobra no March com câmbio manual, mas fica devendo no Kicks CVT.
Não sou fã dos câmbios continuamente variáveis, que considero uma forma certeira de deixar um carro confortável e chato. Mas as japonesas estão indo por esse caminho e o consumidor parece não se importar. Se pudesse criar meu carro perfeito para o segmento, eu sugeriria um Kicks com o motor do HR-V e o câmbio do Renegade.