A busca pela eficiência energética é um dos pilares da indústria automotiva. E o maior segredo para o desenvolvimento é alcançar economia com o máximo de desempenho, já que um dos motivos que levam à compra de um carro passa pelo lado emocional da aceleração. Essa evolução fez com que um motor V6 atual possa gerar mais de dez vezes a potência de um V8 feito há 80 anos. A receita encontrada pelas fabricantes foi reduzir o tamanho dos motores e incorporar tecnologias que garantem as boas respostas. É o caso de turbocompressor, injeção direta de combustível e pistões reforçados para aguentar o esforço extra, entre outras soluções.

Um bom exemplo dessa evolução vem da Ford. Em 1932, o Modelo B foi o primeiro carro da marca a ter um V8, cuja potência chegava a cerca de 50 cv. Embora fosse mui moderno para a época, esse “vêoito” não tinha como foco a economia de combustível, mesmo tendo surgido logo após a crise econômica dos EUA de 1929. Pouco mais de 80 anos depois, a Ford lançou, em 1986, a releitura do GT. Com motor V6, o superesportivo traz tantas inovações tecnológicas que sua potência é de quase 650 cv. São 13 vezes mais que a do V8 do Modelo B lançado em 1932.

Além disso, em termos de consumo de gasolina o novo modelo é cerca de 200% mais eficiente que o “calhambeque”. Os custos de desenvolvimento e produção são parte importante da complexa equação que envolve o lançamento de um carro. Mas é possível ver nas ruas, inclusive do Brasil, carros com motores extremamente modernos e eficientes. E isso não está restrito ao segmento de alto luxo.