O feriado de Independência, no dia 7 de setembro, vai cair numa sexta-feira. Isso torna o fim de semana prolongado uma boa oportunidade para revisitar a história do País e mergulhar nos fatos que levaram à separação de Portugal e ao Império que se instaurou posteriormente em território nacional. O “tour” da independência tem atrações em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Petrópolis, no interior fluminense. Em 7 de setembro de 1822, ao retornar de Santos, no litoral paulista, Pedro, filho do rei de Portugal, proclamou a independência do Brasil às margens do riacho do Ipiranga. No local, hoje zona sul da cidade de São Paulo, foi construído o Museu do Ipiranga, que faz parte do parque da Independência. O prédio foi erguido no fim do século XIX com o objetivo de demarcar o ponto exato em que a independência foi proclamada.

O parque e os jardins estão abertos à visitação, mas o museu está em reforma, com previsão de reabertura em 2022. É lá que se encontram objetos e obras de arte importantes que remetem à Independência, como o quadro “Independência ou Morte”, pintado por Pedro Américo em 1888.

RIO DE JANEIRO

Já independente, o Brasil se tornou Império e o príncipe regente Pedro foi proclamado Imperador D. Pedro I. A corte foi mantida na cidade do Rio de Janeiro, que virou capital.

A herança da monarquia brasileira pode ser revisitada no Bairro Imperial de São Cristóvão, na zona norte da cidade. Lá está localizado o parque municipal Quinta da Boa Vista, que abriga o Paço Imperial, também conhecido como Palácio de São Cristóvão. A quinta foi doada pelo comerciante Elias Antônio Lopes em 1808 para ser a residência oficial da Família Real portuguesa, que se transferiu da Europa para o Rio de Janeiro. À época, a construção passou por algumas reformas, mais aprofundadas quando o Brasil se tornou independente. Nesse período, o local passou a se chamar Paço Imperial e foi residência oficial das famílias de D. Pedro I e D. Pedro II até o fim do Império, em 1889. O prédio foi ainda sede da primeira assembleia constituinte do País, em 1891. Atualmente, o Palácio de São Cristóvão abriga o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, voltado à antropologia e ciência. A quinta também abrigou, até 1930, o Palácio Leopoldina, prédio que foi demolido para dar lugar ao zoológico municipal do Rio de Janeiro.

São Paulo, Rio e Petrópolis têm marcos e construções que remetem à independência e à monarquia 

Petrópolis era refúgio para fins de semana

• Na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, a cidade de Petrópolis era o refúgio da família imperial brasileira. A residência foi transformada em Museu Imperial e guarda um acervo que inclui peças ligadas à monarquia brasileira  documentos, mobiliário, obras de arte e objetos pessoais. Os jardins, projetados durante o império de D. Pedro II, são formados por cerca de 100 espécies de árvores e flores, provenientes de 15 países.

Além do Museu Imperial, Petrópolis tem outras atrações históricas, como a Casa de Santos Dumont. Foi o próprio pai da aviação quem projetou a pequena residência, conhecida como “Encantada”.